O FIM.
Adormecido, sentindo não ser eu, meio entorpecido, peguei carona num sonho e fui.
Sonhando, sem mesmo sentir! Afinal, tinha mesmo que ir.Não era meu; o sonho. Mas, poderia ter sido.
Não era um sonho desses, sonhos fragmentados, sonho todo quebrado, justo pra não ser lembrado!
Era um com manhã, tarde e noite, chuva e sol,frio, às vezes!
Porque, talvez devesse ter frio, às vezes!
Mas, o que tinha mesmo de bom, era um fim.
Fim!
E lá estava ele. (o fim) imponente, vitorioso, orgulhoso, por ser um fim! Por nada mais ter por fazer,
nada, nada, nada além do final, um fim final. Sem bem, mas também sem mal.
Um fim atraente, silente, calado, sem presente, raiz de futuro e passado.
E eu, sorrindo, e melhor, todos rindo.Por isso, esse sonho era lindo!
Mas, fiquei ali, antes do fim, parado, sentindo que lá não cheguei.
E o sonho,que era um sonho, não era mais um sonho. Ficou real! O tempo, a pessoa que sonhou,
o frio, tudo ficou real. E o pior; o fim ficou real
E, como fim real não termina, (sempre dobra e se desdobra) consola pensar que o sonho
sobreviva e se apresente em qualquer esquina viva.
walter
Walter Itajubá 