Educação Ambiental na Bacia de Campos

Quando uma empresa propõe-se a explorar um recurso natural é de se supor que ela provocará alterações  no meio ambiente do local. Presume-se que essas mudanças possam ser benéficas economicamente, já que investimentos altos, de dinheiro e pessoas, são feitos acreditando-se num retorno positivo. Mas é também certo pensar que efeitos colaterais danosos possam afetar a população nativa, em maior ou menor grau.

Embora o maior trabalho seja no mar, area de influencia muitas atividades ocorrem em terra, alterando vários modos de vida,influenciando a vida de pessoas e animais, além de mudanças na vegetação. Por isso, a legislação brasileira prevê um controle rígido sobre essas operações, procurando minimizar os efeitos negativos e estabelecendo meios e métodos de prevenção. Por outro lado, as pessoas afetadas devem, de alguma forma, ser compensadas pelas mudanças que, obrigatoriamente, terão que fazer.8 municipios

Os projetos de educação ambiental pretendem conscientizar os moradores locais sobre o meio em que vivem.

Normalmente, o IBAMA, órgão do Ministério do Meio Ambiente, impõe algumas exigências para liberar as licenças de instalação e de operação de empreendimentos de exploração e produção de petróleo e gás, com o objetivo de compensar os incômodos e as alterações provocadas pela presença do empreendimento. Nada mais justo.  Começa, então, uma queda de braço entre a empresa e as entidades representantes da população afetada, neste caso, as colônias de pesca, secretarias municipais de meio ambiente, ongs ligadas à pesca artesanal e outros órgãos estaduais e federais.

logo itacom molduraE é exatamente nessa linha divisória que entram as consultorias e empresas executoras de projetos de comunicação e de educação ambiental. A Itacom, empresa bauruense, entrou em um edital para desenvolver um trabalho para uma grande empresa, a OGpar (OGX  Óleo e Gás Participações S.A.), e venceu a licitação. Por um ano a Itajubá Comunicação vai desenvolver projetos em vários  municípios do norte fluminense bloco BM C 41

De Arraial do Cabo até uma das plataformas são mais de 70 km

(Arraial do Cabo, Cabo Frio, Macaé, Búzios, Carapebús, São Francisco de Itabapoana, Campos dos Goytacazes, São João da Barra e Rio das Ostras – além de Paraty no sul do estado e  Itapemirim no estado do Espírito Santo são os locais de atuação da Itacom nesse trabalho.plataforma do tipo FPSO

Plataformas construidas no Brasil  operam na Bacia de Campos

Embora a tecnologia seja atraente, digna do orgulho brasileiro, o maior desafio ainda é fazer com que as pessoas acompanhem esse desenvolvimento. Foi onde a Itacom se baseou para formular sua proposta. Criar condições para que alguns segmentos da população local pudessem tirar vantagem da presença de um grande empreendimento na área e das alterações inerentes ao mesmo, para criar ou alavancar seus negócios.

plataforma tipo WHPO conjunto de poços, plataformas, barcos, cabeamento é uma estrutura que desafia o poder das águas do mar.

Assim, alguns cursos foram criados para permitir que as pessoas das comunidades locais se capacitem para projetos de geração de renda, aproveitando a movimentação provocada pelo empreendimento e pelas pessoas que dele fazem parte. Além dos municípios citados e suas colônias de pescadores, a Itacom vai atuar em quatro assentamentos rurais, localizados nos municipios de Macaé, Carapebús e Rio das Ostras, formando 120 pessoas do local como agentes ambientais até março de 2015. Neste espaço será possível acompanhar esse desenvolvimento.

Publicado em 21/03/2014. Postado em Comunicação | Marcado Bacia de Campos;; Petróleo e Gás; PEA;PCS; Itacom;Deixe um comentário